quarta-feira, 29 de março de 2017

Indústria de Celulose: Utilização da Biomassa como Fonte de Energia


     Os produtos derivados da lenha como cavaco, briquetes e pellets têm crescido devido à necessidade de automação e transporte em longas distâncias. No caso específico da geração de energia elétrica por fonte no Brasil teve a participação prioritária de fontes renováveis de mais de 80%, em 2014, principalmente hidráulica com mais de 60% e a biomassa com 8,82 %. A contribuição do bagaço é grande, porém a biomassa florestal com cavaco de resíduos de madeira vem crescendo sua participação.
     Existem várias tecnologias disponíveis no mercado para a transformação da biomassa florestal em energia, combustíveis e materiais. O aproveitamento de resíduos para gerar energia é uma oportunidade de novos negócios que não pode ser esquecida quando o assunto é uso racional dos recursos florestais.
     O Brasil historicamente sempre usou a biomassa da floresta para alimentar os processos produtivos. Seja em um simples fogão a lenha na zona rural até as caldeiras da indústria. Isso não pertence ao passado, mas está presente até hoje de norte a sul do país, mas uma característica deve ser notada; o uso de tecnologias eficientes.
     Assim, tanto cavaco como briquete e pellet são produzidos pela transformação de lenha, resíduos florestais ou da indústria de base florestal para tornar os processos industriais mais eficientes, automatizáveis e permitir o comércio viável. Eles têm usos semelhantes à lenha tradicional na cogeração.
     Cavaco é sinônimo de automação dos processos de queima e controle de temperatura, porém tem alta umidade (30-35%) o que reduz um pouco as distâncias economicamente viáveis que pode ser transportado. Equipamentos automáticos de transporte dentro das fábricas como esteiras transportadoras e roscas alimentadoras são perfeitamente usadas com esse biocombustível sólido.
      No caso da fabricação de briquetes e pellets, eles podem ser produzidos pelo aproveitamento de resíduos como serragem, maravalha, etc., tem baixa umidade e também são bons para automação, principalmente pellet e “bolachas” de briquetes. A secagem prévia da matéria prima proporciona maior rendimento térmico na queima e viabiliza o transporte em largas distâncias, inclusive o transporte marítimo.

Madeira: principal matéria-prima para a produção de biomassa nas indústrias de celulose

A madeira é o segundo insumo mais utilizado na produção de biomassa no Brasil, ficando atrás apenas dos resíduos da cana-de-açúcar. No entanto, para a fabricação da massa orgânica na indústria de celulose, a madeira destaca-se principal matéria-prima. As companhias do setor aproveitam os resíduos de madeira em paralelo à produção de celulose com a finalidade de gerar energia para a indústria. A madeira retirada da floresta para a fabricação da celulose deve ser totalmente descascada.
Porém, é comum que um pequeno percentual de casca ainda permaneça aderido à madeira quando o material chega à indústria. Ocorre que, no processamento, esta parte é removida e as lascas formam a biomassa usada para a geração de vapor nas caldeiras. Somente após apresentar as características necessárias, a biomassa está pronta para produzir energia. No caso da queima em caldeira, como ocorre nas fábricas de celulose, o processo de combustão é dividido nas seguintes fases:

     Aquecimento e secagem: retirada da umidade
     Pirólise ou volatilização: liberação de gases inflamáveis;
   Combustão: os gases formados no processo de pirólise reagem com o oxigênio de forma exotérmica, tendo como produtos CO2 + H2O + calor;
 Pós-combustão: no final da pirólise, a biomassa torna-se uma massa sólida composta de carvão e cinza.

Fontes: 

Celulose Online (http://celuloseonline.com.br/cresce-geracao-de-energia-com-biomassa-florestal-via-cavaco/)

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